sábado, 4 de junho de 2011

Política nas Escolas

A Política Nas Escolas


O que pensam os jovens da política ou antes por que razão este assunto não entra nos seus pensamentos? Deveria ou não fazer parte do seu quotidiano? Ou melhor faz ou não parte do seu dia-a-dia? Afinal o que é isso de política? Que ideais perseguem os partidos? Quem nos representa? Onde nasceu este conceito?

Levem o tema para a sala de aula. Discutam-no, esclareçam-se e partilhem connosco as vossas conclusões e dúvidas.

Com uma condição apenas: não usem frases feitas, adágios não comprovados pela prática quotidiana. Sempre que estudarem, discutirem, exercerem política, façam-no no contexto da liberdade que lhe está associado.

O Outra Presença fica à espera de todos, dos que gostam e dos que não gostam do tema em debate. É da análise exigente que nasce o reconhecimento da essência política como parte integrante de cada um de nós.
Nas escolas fala-se pouco de política. Várias razões poderão justificar este facto, sendo que algumas delas têm origem nos próprios estabelecimentos de ensino enquanto outras resultam das limitações internas da sociedade portuguesa.

Os efeitos do 25 de Abril de 1974 ainda se fazem sentir no nosso país. Para o bem e para o mal. Com implicações claras no fenómeno político. Muitos dos portugueses confundem, 35 anos depois, actividade política e actividade partidária. Como se uma coisa esgotasse a outra.

A verdade é que o desempenho dos partidos fica muito aquém do alcance e da área de influência da política enquanto arte da governação e enquanto ciência.

A somar a tudo isto há ainda uma evidência poucas vezes referida: as mais recentes gerações não enveredaram, em termos de escolha vocacional, pelo exercício político. Preferiram integrar-se na gestão das empresas ou na docência universitária.

Com prejuízos graves na renovação geracional dos agentes políticos. E, naturalmente, na qualidade cívica e intelectual dos homens e das mulheres que detêm actualmente o poder de criar uma sociedade melhor.

A política enquanto ciência dos objectivos comuns a definir tem de regressar à escola. Sem medos infundados ou ideários contaminados. Sensibilizando os jovens para o prosseguimento efectivo dos seus sonhos, dos seus anseios, através da mais nobre das funções possíveis: a política.

Bom trabalho.
(Fonte: www.outrapresenca.com)

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